O Flamengo fez mistério e fechou grande parte do treino de ontem. Quando a imprensa foi liberada, viu apenas cruzamentos na área. Cristóvão Borges tem motivos para treinar este tipo de fundamento, já que o time é o que mais utiliza tal jogada no Campeonato Brasileiro — foram 345, média de 23 por partida.
No entanto, os jogadores também erram demais o fundamento. Segundo levantamento do Footstats, o Flamengo, em média, não acerta 19 dos 23 cruzamentos que tenta. Com a chegada de Guerrero, exímio cabeceador, é preciso aprimorar a média para que ele faça ainda mais gols. Para melhorar o time que vem de três vitórias consecutivas (Grêmio, Náutico e Goiás), Emerson Sheik pede tempo e paciência para que Cristóvão treine o grupo.
"Agora, o Cristóvão teve mais tempo para trabalhar. Tivemos uma ou duas semanas cheias, o que dá a chance de o treinador botar em prática o que pensa e fazer o atleta entender a maneira que ele quer que a gente jogue”, avaliou Sheik, que enalteceu a chegada do Guerrero.
“Não tínhamos ninguém com as características dele. Ser aquele camisa 9, centralizado e com grande poder de finalização”, explicou Sheik, que ao comparar Guerrero e o santista Ricardo Oliveira, artilheiro do Brasileiro, não teve dúvidas:“Sou Guerrero toda vida. Acho ele um fenômeno. Mas isso tem a ver com o convívio também. Ele tem toda essa estrela, é dedicado, um dos últimos a sair do treino. Fico 100% com o gringo.”
Se, em campo, os jogadores estão confiantes após a sequência de resultados positivos, fora dele o clima é de festa. O clube anunciou a venda de mais de 39 mil ingressos para o jogo contra o Santos.
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