Fla x Flu
O sangue que corre na veia de Vanderlei Luxemburgo é vermelho misturado com preto. Não é novidade para ninguém que o treinador é torcedor de carteirinha do Flamengo.
Ele mesmo faz questão de deixar isso bem claro, até quando lembra do dia em que treinou o Fla na derrota com o gol de barriga de Renato Gaúcho, pelo Carioca de 1995. Mas é preciso separar as coisas, como gosta de frisar. Quando está na lateral do campo, seja de terno ou com a camisa do clube que paga seus salários, ele precisa vencer. Neste domingo, 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, às 16h (horário de Brasília), com traços verde, branco e grená na pele, Luxa terá pela primeira vez a missão de encarar o lado rubro-negro de um clássico no comando de um rival carioca. Como disse na apresentação como técnico do Fluminense, agora quer “bater no Flamengo toda vez que enfrentá-lo”.
Teria palco mais apropriado que o Maracanã para esse encontro contrastante? Aliás, teria palco mais apropriado para um Fla-Flu? Três anos se passaram desde o último encontro. Em 2010, durante a campanha do terceiro título brasileiro, os tricolores bateram nos arquirrivais por 2 a 1, com direito a gols do ídolo Conca, Rodriguinho e o goleiro Bruno, hoje preso, acertando com precisão uma cobrança de falta para descontar. Depois, o estádio foi fechado para obras de reestruturação para a Copa do Mundo de 2014.
Logo no jogo de reabertura do estádio para clubes, o Fluminense foi também um dos protagonistas. O resultado é que não foi o ideal. Ainda sob a batuta de Abel Braga, os tricolores perderam por 3 a 1 para o Vasco e o treinador duraria somente mais uma rodada no comando. Em seguida, Luxemburgo assumiu. Este será seu primeiro clássico pelo Flu. E se quiser acabar de vez com a desconfiança de quem ainda é reticente com seu passado rubro-negro, o técnico precisará muito da vitória. Não só por superar seu time de coração, mas pelo retrospecto tricolor em clássicos em 2013: dois empates e cinco derrotas.
O Flamengo não sofre do mesmo mal contra rivais: venceu quatro, empatou um e perdeu outro. A atual pedra no sapato na Gávea é a escapulida dos três pontos na quarta-feira, contra a Portuguesa. Levar gol aos 47 minutos do segundo tempo não é agradável para ninguém, mas quando parte de um goleiro a finalização, aí fica mais complicado. Pior: foi Lauro, o mesmo que, dez anos atrás, havia conseguido feito muito parecido contra o próprio Flamengo. Sobra para todos os lados nessas horas. Um dos mais cobrados foi o atacante Hernane, substituto do lesionado Marcelo Moreno. Ouviu vaias ao deixar o gramado do Mané Garrincha, em Brasília. Mano Menezes, estreante em Fla-Flu, bancou, e ele será titular novamente. Recém-contratados, André Santos e Chicão foram relacionados, mas apenas o primeiro deve ser titular.
O jogo será exibido para todo o país pelo PremiereFC, em sistema pay-per-view, e acompanhado em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM com vídeos exclusivos.
O Flamengo não sofre do mesmo mal contra rivais: venceu quatro, empatou um e perdeu outro. A atual pedra no sapato na Gávea é a escapulida dos três pontos na quarta-feira, contra a Portuguesa. Levar gol aos 47 minutos do segundo tempo não é agradável para ninguém, mas quando parte de um goleiro a finalização, aí fica mais complicado. Pior: foi Lauro, o mesmo que, dez anos atrás, havia conseguido feito muito parecido contra o próprio Flamengo. Sobra para todos os lados nessas horas. Um dos mais cobrados foi o atacante Hernane, substituto do lesionado Marcelo Moreno. Ouviu vaias ao deixar o gramado do Mané Garrincha, em Brasília. Mano Menezes, estreante em Fla-Flu, bancou, e ele será titular novamente. Recém-contratados, André Santos e Chicão foram relacionados, mas apenas o primeiro deve ser titular.
O jogo será exibido para todo o país pelo PremiereFC, em sistema pay-per-view, e acompanhado em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM com vídeos exclusivos.
Fluminense: sem Gum, a tendência é que Luxemburgo escale Digão ao lado de Leandro Euzébio na zaga do Fluminense. No gol, Diego Cavalieri, com dores no pé direito, perdeu os dois últimos treinos e é dúvida. Se não jogar, Kléver fará sua estreia nos profissionais. No meio, Luxemburgo barrou Wagner e dará oportunidade ao jovem Eduardo. O Fluminense deve entrar em campo com: Diego Cavalieri (Kléver), Igor Julião, Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean, Felipe e Eduardo; Rafael Sobis e Fred.
Flamengo: Mano Menezes fechou o último treino antes do clássico. Queria privacidade para escalar o time sem Cáceres, suspenso, e com as chegadas de André Santos e Chicão. André treinou como titular no coletivo, mas não na lateral esquerda. O treinador o testou no meio-campo, função que o camisa 27 desempenhou nos tempos de Fenerbahçe, da Turquia. A equipe treinou com Felipe, Léo Moura, Wallace, González e João Paulo; Luiz Antonio, Elias, André Santos e Gabriel; Nixon e Hernane. Mano fez apenas uma mudança ao longo do treinamento. Ele sacou Hernane e lançou Fernando. Chicão ficou entre os reservas, mas está relacionado.
Fluminense: suspenso pelo terceiro amarelo, Gum não joga. Bruno, Deco, Marcos Junior, Rhayner, Valencia e Wellington Silva estão no departamento médico. Michael segue suspenso preventivamente por doping.
Flamengo: com um problema na coxa direita, Marcelo Moreno está fora. O volante Cáceres está suspenso.
Fluminense: Carlinhos, Edinho e Rafael Sobis.
Flamengo: Léo Moura e Luiz Antonio.
Luiz Flavio de Oliveira (SP) apita o jogo, auxiliado por Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Celso Barbosa de Oliveira (SP). O árbitro participou de uma única partida: Atlético-PR 2 x 0 Goiás. Ele tem cinco cartões amarelos aplicados e não expulsou nenhum jogador. Ele não assinalou pênaltis e tem 24 faltas marcadas. O campeonato tem média de 4,2 cartões amarelos e 0,2 cartão vermelho. São 33,5 faltas e 0,2 pênalti por confronto.
Fluminense: na história do confronto, o Fluminense leva vantagem em jogos do Campeonato Brasileiro: foram 19 vitórias, contra 16 do rival e outros 14 empates. O Tricolor tem na bola aérea o seu jogo mais forte. Mais da metade dos gols da equipe no Brasileirão foram marcados foram de cabeça. Foram 8 bolas na rede através de cabeçadas. O posicionamento de seus homens de frente é outro ponto positivo, já que seus jogadores foram flagrados apenas 19 vezes em impedimento, o segundo melhor neste quesito. A equipe é a terceira que mais rouba bolas na competição, com média de 14 por partida.
Flamengo: a equipe é a segunda que mais finaliza na competição, com 179 chutes (média de 14,9 por jogo). Porém, tem o terceiro pior aproveitamento nos chutes, já que apenas 13 foram parar nas redes adversárias. Ou seja, apenas 7% das finalizações do Fla terminam em gols, ou um gol a cada 14 chutes. Com o adversário tendo uma forte bola aérea, o Rubro-Negro precisa se cuidar. Dos 9 gols sofridos sob o comando de Mano Menezes, 6 foram através de jogadas pelo alto. A seu favor, o Flamengo é o quarto time que menos comete faltas e deve dar poucas oportunidades ao adversário de levantar bolas para sua área.
Era a despedida do clássico Fla-Flu do Maracanã, fechado para obras para a Copa do Mundo na ocasião. O Fluminense ainda não imaginava que o final daquele ano reservaria a taça de campeão brasileiro, conquistada no Engenhão. Ainda corria atrás de mais pontos para seguir na busca pela conquista, que não vinha desde 1984. E no dia 26 de maio de 2010, sob o comando de Muricy Ramalho, os tricolores venceram por 2 a 1 o arquirrival. O atacante Rodriguinho fez o primeiro gol, com Conca ampliando. Aos 45 minutos do segundo tempo, uma curiosidade: o goleiro Bruno, atualmente preso pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, fez, de falta, o gol do Fla. O volante Fernando ainda foi expulso pelo lado rubro-negro. E os comandados de Muricy encerraram um jejum de mais dois anos sem vitória sobre o rival
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