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Panela de pressão: Defensores del Chaco, o Maracanã dos paraguaios


Olimpia e Flamengo se enfrentam no estádio histórico e polêmico nesta quarta-feira, pela Taça Libertadores

Para os paraguaios, ele tem o tamanho e a importância do Maracanã. Para os visitantes, costuma ser um problema jogar no Defensores del Chaco, em Assunção. Quando a torcida lota o estádio, vira uma panela de pressão. São reincidentes episódios de violência no local– especialmente arremesso de objetos para dentro do campo. Em 2009, ele foi interditado depois do desabamento de parte das arquibancadas. Dois policiais morreram no incidente.
Reaberto no sábado passado, o palco está pronto para o jogo entre Olimpia e Flamengo, pela quarta rodada do Grupo 2 da Libertadores. As equipes se enfrentam nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília)

Defensores del Chaco  (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)Defensores del Chaco: palco está pronto para Olimpia x Flamengo)
O GLOBOESPORTE.COM esteve no local às vésperas da partida. Construído em 1917, o Defensores del Chaco é imponente e tem história. Já abrigou a decisão da Copa América duas vezes, em 79 e 99, além de partidas da seleção paraguaia e dos principais times da capital em competições sul-americanas.
O nome é uma homenagem aos soldados que lutaram na Guerra do Chaco. O conflito armado entre Bolívia e Paraguai ocorreu entre 1932 e 1935 e deixou um saldo de 90 mil mortos, sendo 60 mil bolivianos e 30 mil paraguaios. Os países disputaram o território da região do Chaco Boreal, e o Paraguai ficou com a maior parte.
Quase quatro décadas depois, a palavra guerra ainda se faz presente. Não se trata de uma luta armada, mas do histórico de ataques a adversários. Em 1992, uma cena marcante no estádio envolveu a Seleção Brasileira. O time venceu o Paraguai por 1 a 0, pelo Pré-Olímpico, mas foi atacado por pedras e outros objetos . Times brasileiros também já foram alvo da ira dos torcedores paraguaios.
A reforma mais recente do local só chegou ao campo, completamente trocado, e ao sistema de iluminação, que recebeu melhorias.A estrutura, no entanto, está envelhecida e carrega marcas do tempo. Apesar de ter cadeiras para abrigar cerca de 33 mil pessoas, o estádio tem rachaduras na estrutura. O acesso é feito por portões estreitos e há pontos de infiltração.
Defensores del Chaco  (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)O campo foi trocado completamente e está em bom estado 
Os setores centrais de arquibancadas são próximos dos bancos de reservas e do acesso aos vestiários e têm alambrados baixos, o que facilita o lançamento de objetos no campo.Atrás dos gols e das bandeirinhas de escanteio, há proteção. As grades ficam bem mais altas e ganham quase o dobro do tamanho. O espaço entre os torcedores e os goleiros é maior, assim como a sensação de segurança.
O campo está em boas condições. A gramado é novo, baixo e duro. Os jogadores do Flamengo não puderam fazer o reconhecimento e terão de decidir durante o aquecimento o tipo de chuteiras que vão usar. Não há informações sobre as condições dos vestiários. A administração não permitiu que a reportagem entrasse para fazer imagens.

No entorno do estádio, muitas casas e as ruas são estreitas. A delegação rubro-negra vai levar cerca de 40 minutos para se deslocar do hotel em que está concentrada, em Luque, na Grande Assunção, até a área central da capital paraguaia.

Para os torcedores do Flamengo, foram destinados 1.700 ingressos. Eles ficarão no setor E, ao lado da área Norte. A entrada vai ocorrer pelo portão 3. Os torcedores do Olimpia estão empolgados com o confronto e vão lotar o palco.          
Defensores del Chaco  (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)

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