Após Ronaldinho, Zinho encara a missão Adriano: 'Serei enérgico'
Com experiência desgastante com o ex-camisa 10, diretor dá chance ao Imperador e avisa: ‘Vai cumprir as mesmas regras de todos os jogadores’
Logo que assumiu assumiu a função de diretor de futebol do Flamengo, em 11 de maio, Zinho teve um grande problema para resolver: Ronaldinho Gaúcho. Responsável direto pela queda de Vanderlei Luxemburgo, o ex-camisa 10 tinha uma rotina de problemas disciplinares. De início, o dirigente conversou com o jogador e chegou a encobrir indisciplinas e defendê-lo quando apareceu sem condições ideais para treinar. Aos poucos, porém, a situação ficou insustentável. Na viagem do time para um amistoso em Teresina, Ronaldinho não apareceu e nem ligou para Zinho. Na ocasião, Paulo Cesar Coutinho, vice de futebol, foi flagrado por torcedores dizendo que o jogador estava afastado. O diretor foi acordado no hotel da delegação no Piauí já tendo que desarmar mais uma bomba. Horas depois, porém, veio à tona a notícia de que o meia-atacante entrara na Justiça contra o clube. Zinho, então, falou abertamente sobre as indisciplinas do jogador e decretou:
- Acabou a festa, acabou a bagunça.
Na entrevista coletiva de apresentação, o Imperador reconheceu que precisa mudar em algumas coisas e disse que agora aceitará cobranças e que não terá medo de dar a cara a tapa. O jogador ressaltou ainda que sabe que o retorno ao Flamengo será sua última chance de voltar a ser o Imperador. Zinho demonstra confiança, avisa que o clube fará a parte que lhe cabe, mas deixa a responsabilidade para o novo camisa 10.- Não coloco no mesmo grau porque o Ronaldinho já estava aqui quando cheguei. Tomamos conhecimento do que estava acontecendo e buscamos fazer um trabalho para recuperá-lo. Acho que em termos de nome, status, importância, é a mesma coisa. Da mesma maneira que foi feito com o Ronaldo, vamos fazer com o Adriano. Eu dou carinho, aposto nele, mas serei enérgico dentro de um respeito com o profissional, mas sempre cobrando aquilo que combinamos. Não vejo como um desafio, mas como uma responsabilidade para todos. O Adriano vai cumprir as mesmas regras de todos os jogadores. Não tem privilégio e nem cobrança excessiva. São as regras de um clube profissional. Terá as mesmas responsabilidades de outros atletas, de horários de treinos, de concentração.Pouco menos de quatro meses depois, o dirigente tem uma missão semelhante. Nesta quarta-feira, ele esteve ao lado da presidente Patricia Amorim para a apresentação de Adriano. O atacante, de 30 anos e carreira apinhada de problemas, retorna ao clube para a terceira passagem. Na nova chance, o contrato do jogador tem um salário em valor mínimo, com pagamento pela participação em cada jogo e, inicialmente, vai até dezembro. Zinho evita comparar os casos, mas diz que a conduta dele será a mesma.
- Estou feliz, a presidente está feliz, o torcedor está feliz. Estamos confiantes em que ele possa conseguir se recuperar. Está nas mãos e nos pés dele. Ele mesmo disse isso para vocês (jornalistas) e para nós na conversa que tivemos antes. Sentimos ele motivado. Vamos dar apoio e cobrar o que temos de cobrar.
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