Basquete: Técnico do Fla alerta: 'São José entra nas semifinais com muito moral'
O fim da hegemonia de Brasília no NBB ecoou na Gávea, sede do arquirrival do time do Distrito Federal nas últimas três temporadas.O técnico do Flamengo, José Neto, não chegou a considerar a derrota dos atuais tricampeões para São José, por 98 a 81, em casa, uma grande surpresa. O que impressionou o comandante rubro-negro foi a maneira como os donos da casa foram superados.
- Quinto jogo de playoff pode acontecer de tudo, por isso essa derrota não chega a ser uma surpresa. O que me surpreendeu, e acho que a todo mundo, foi o placar final e a maneira como o time de Brasília jogou. Mas isso mostra o equilíbrio das equipes e do NBB. O ambiente do playoff é completamente diferente. Você vai traçando sua estratégia e sua tática ao longo da série e de acordo com as partidas anteriores - afirmou.
Para Neto, a façanha na capital federal vai inflar a confiança da equipe do interior paulista.
- Eu vejo os playoffs muito pelo lado mental e psicológico. E por esse aspecto o time de São José entra nas semifinais forte e com muito moral por ter eliminado os atuais tricampeões. Sem falar na tradição da cidade de São José dos Campos, que lota todos os jogos em casa. Eles têm história no basquete e é sempre complicado enfrentar uma equipe assim - completou.
- Surpresa, surpresa não foi. Até porque na minha opinião o time de São José é um dos mais fortes da competição. Além de contar com muitos valores individuais, é um dos times mais difíceis de serem batidos em casa.
Mas admito que antes da série não apostaria contra Brasília - afirmou Gegê.José Neto não está sozinho nessa. Gegê também não viu a eliminação de Brasília como uma zebra. Embora reconheça que o time do Distrito Federal era um dos principais favoritos ao título, o armador rubro-negro lembra que o time paulista perdeu apenas três vezes dentro de seu ginásio.
Neto e Gegê têm outra opinião em comum. Apesar de enaltecer as qualidades individuais dos principais jogadores adversários, como Fúlvio, Murilo, Dedé e o americano Laws, a dupla rubro-negra aponta o jogo coletivo como a principal arma a ser neutralizada.
- O time deles joga junto há muito tempo. Precisamos marcar forte e explorar nosso contra-ataque. Se os deixarmos jogar no ritmo deles e na posição que gostam, sabemos que será muito difícil vencê-los na série. O Fúlvio e o Murilo têm um entrosamento muito grande e podem fazer a diferença - disse Gegê.
O comandante fez coro.
- É uma equipe muito versátil e que se conhece há bastante tempo. Eles têm muitas variações e ainda vão contar com a volta do Álvaro, que ficou fora da série contra Brasília - alertou o treinador rubro-negro.
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