'Engenhão não é estádio de futebol, mas de atletismo', diz Telmo Zanini
Comentarista do SporTV crê que público fica muito afastado do campo e violência de organizadas deixa torcedores cariocas longe da arquibancada
Vice-líder do Campeonato Brasileiro, com os mesmos 44 pontos do Atlético-MG, o Fluminense ocupa apenas a 15ª posição no ranking de média de público da competição. O Vasco, quarto colocado, aparece somente em 12º. O melhor time do Rio na lista é o Botafogo, com o 11º lugar.
Para o comentarista Telmo Zanini, os principais motivos para os baixos públicos no Rio de Janeiro estão ligados a dois fatores: a violência entre as torcidas organizadas e a pista de atletismo.
- O torcedor não sente prazer de ir ao Engenhão. É um estádio de atletismo, não é um estádio de futebol. O torcedor fica distante, o jogo é frio. Tem um outro fator que está agravando isso: há uma escalada de violência grande entre as torcidas do Rio. E no Engenhão o encontro entre as duas torcidas é inevitável. Eu conheço muitas pessoas que deixaram de ir ao Engenhão porque têm medo - disse o comentarista, no "Redação SporTV".
- O Engenhão é mais longe, o acesso é complicado. Mas São Januário não se explica. Sempre esteve lá. Tem a ver com o Maracanã fechado. A falta do Maracanã traz um vazio para o carioca, uma falta de empolgação.Para o colunista da "Folha de São Paulo" Fábio Seixas, o principal motivo é o fechamento do Maracanã, em obras para a Copa do Mundo de 2014. O estádio deve ser reaberto somente em fevereiro de 2013.
O apresentador André Rizek acredita que a construção do Engenhão, para os Jogos Pan-Americanos de 2007, foi um prejuízo para a cidade.
- Talvez chegou a hora de admitir que o Engenhão é um fracasso. O estádio foi construído com dinheiro público que as pessoas não gostam de ir e não conseguem chegar.
Dono da maior torcida do Brasil, o Flamengo aparece apenas na 13ª posição entre as médias de público.
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