O Flamengo dificilmente terá um novo treinador nesta segunda-feira. Zinho, diretor de futebol do clube, promete correr contra o tempo para, se possível, anunciar na terça-feira o nome do substituto de Joel Santana. Em entrevista exclusiva ao site do Extra, por telefone, o dirigente evitou especulações e não antecipou nomes.
- Tenho alguns nomes na cabeça, é claro. Mas ainda estou na fase de desligamento. Preciso conversar com os atletas e o restante da comissão. Espero anunciar o novo treinador amanhã (terça-feira). Por enquanto, não será possível. Tenho algumas prioridades. Preciso, por exemplo, levar em conta a questão financeira. Por isso, não vou falar em nome nenhum – disse.
Zinho negou mais uma vez que o Flamengo já tenha conversado com Dorival Júnior, demitido do Internacional na semana passada. E, de imediato, descartou a possibilidade de imitar Fernandão, que era dirigente no Inter e assumiu a vaga de treinador de Dorival.
- Não há possibilidade nenhuma. Eticamente, nem pensar. Você me conhece – descartou o ex-jogador, que já foi treinador do Nova Iguaçu e Miami FC, nos Estados Unidos.
Abatido após ter demitido Joel Santana, Zinho desmentiu a especulação de que esteja disposto a abandonar o barco.
- Isso é mentira. É claro que fico. A não ser que a Patricia me demita.
Zinho contou detalhes da demissão de Joel Santana, que começou a ser costurada dentro do avião, domingo, após a derrota (1 a 0) para o Cruzeiro.
- Voltei de Belo Horizonte conversando com o (Paulo Cesar) Coutinho (vice de futebol). Saí hoje de casa às 10h, e, no caminho para a Gávea, telefonei para o Joel. Não seria justo mandá-lo ao Ninho. Ele chegou à Gávea às 12h. Eu, ele e o Coutinho conversamos olho no olho. Agradeci. Desejo tudo de bom para o Joel. Ele sai pela porta da frente.
Em pouco mais de dois meses no Flamengo, a demissão de Joel foi a situação mais embaraçosa enfrentada por Zinho.
- Segurei muito tempo. Mas estava analisando o comportamento do time. Era preciso uma motivação nova. Eu estava vendo o treinamento e sentia o desgaste. Não conseguia mais visualizar o futuro. O time jogou melhor contra o Cruzeiro, mas não me deu a confiança de que iria deslanchar. Houve muita pressão, cobrança. Decidi tomar a decisão para que o time tenha tempo de se recuperar e conseguir uma colocação melhor lá na frente.
Mesmo insistindo em não citar nome do sucessor, Zinho procura alguém que seja parecido com ele próprio:
- Quero alguém que tenha o meu perfil. Alguém que trabalhe com profissionalismo e sinceridade. Alguém que seja disciplinador, mas com alegria. Quero um grupo solto, mas comprometido. E um treinador com postura para fazer o Flamengo vencer – encerrou.
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