Técnico tem histórico de armar times ofensivos e de utilizar os jogadores da base, como no Santos de Neymar e Ganso
O perfil do novo treinador do Flamengo foi traçado por Zinho e as características desejadas pelo dirigente têm de ser compatíveis com a filosofia dele.
– Vou buscar um treinador que seja moderno, profissional, que saiba trabalhar com esse grupo mesclado de jovens e experientes. Enfim, tudo que o futebol está pedindo nos dias de hoje – avisou.
E dentro dessa linha moderna e profissional, Dorival Júnior preenche, de maneira geral, os pré-requisitos exigidos. Tido como uma pessoa de fácil trato e cordial, o treinador não colecionou desafetos ou grandes polêmicas nas passagens anteriores em outros clubes do Brasil.
A exceção ficou por conta de alguns atritos com a diretoria do Santos, em 2010, quando cobrou limites e punições a Neymar. Não atendido, optou por deixar o Peixe. Ao contrário de Joel Santana, que carregava um estigma de armar times extremamente defensivos, Dorival é adepto dos sistemas de jogo que priorizam o ataque.
Essa vocação das equipes treinadas por ele foi especialmente mostrada no Santos, quando o treinador escalou o quarteto ofensivo formado por Ganso, Neymar, Robinho e André. Outra condição favorável ao perfil do técnico é o fato de o Flamengo, por necessidade, estar usando os jovens da base. Dorival sabe trabalhar com as revelações e incentivar o processo de integração do júnior com o profissional.
A chegada do técnico ao Flamengo, que deve ser confirmada hoje, acontece em meio a uma demissão no Internacional. Apesar dos quase 62% de aproveitamento em quase um ano de trabalho, Dorival Júnior foi criticado em Porto Alegre por não ter dado um padrão ao time, principalmente este ano.
Com grandes nomes no grupo como D’Alessandro, Dagoberto, e Leandro Damião, o Inter não inspirava confiança depois da eliminação na Copa Santander Libertadores e também da conquista do Campeonato Gaúcho. Dorival Júnior saiu do Inter com a equipe fora do G4 no Brasileirão.
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