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Na média, gestão de Patricia Amorim troca de técnico a cada semestre


Desde que a presidente assumiu, em 2010, clube demitiu cinco treinadores

Um treinador a cada seis meses. Essa é a média da troca de comando técnico do Flamengo na gestão de Patricia Amorim. Desde que assumiu o clube, em 2010, a presidente demitiu cinco profissionais: Andrade, Rogério Lourenço, Silas, Vanderlei Luxemburgo e Joel Santana. O clube espera anunciar nesta terça-feira o nome de Dorival Júnior - embora na noite de segunda ele tenha negado qualquer contato - e inclui na programação uma conversa com o diretor de futebol Zinho.

Na comparação com o segundo mandato da gestão anterior, o número é maior. No triênio 2007-2009, Márcio Braga trabalhou com cinco treinadores: Ney Franco, Joel Santana, Caio Júnior, Cuca e Andrade, que foi mantido por Patricia após a eleição. Do início de 2004 ao fim de 2006, no entanto, a gestão de Márcio Braga usou dez técnicos, sem contar os interinos - Andrade, por exemplo, foi chamado para treinar o time temporariamente em seis oportunidades.
 Andrade, Rogério Lourenço, Silas, Luxemburgo e Joel Santana, Flamengo (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Os técnicos de Patricia: Andrade, Rogério Lourenço, Silas, Luxemburgo e Joel Santana (Foto: Editoria de Arte)
Nas duas gestões de Márcio Braga, as trocas constantes marcaram temporadas instáveis e campanhas muito ruins no Campeonato Brasileiro. Em 2004 e 2005, por exemplo, o time brigou para fugir do rebaixamento até o fim. Em 2004, Abel Braga, Paulo César Gusmão e Ricardo Gomes foram os treinadores. No intervalo de cada mudança, Andrade assumiu. Ele terminou a temporada no comando. Em 2005, foram quatro técnicos: Júlio César Leal, Cuca, Celso Roth e Joel Santana. O ano não foi nada bom. Nenhum título foi conquistado, e a equipe fugiu da Segunda Divisão outra vez.
No primeiro ano de mandato de Patricia Amorim, o Flamengo começou 2010 sob o comando de Andrade, que havia levado o time ao título brasileiro do ano anterior. Demitido na segunda quinzena de abril, ele deu lugar a Rogério Lourenço. Depois, chegaram Silas, que durou só um mês, e Vanderlei Luxemburgo. Foi mais uma temporada de muitos técnicos, nenhum título e briga contra o rebaixamento. Coube a Luxa livrar o time do risco de queda. O prêmio de consolação foi a vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte.

Em 2011, só Vanderlei treinou a equipe. O time foi campeão carioca invicto e conquistou a vaga para a Libertadores. A demissão do treinador ocorreu em fevereiro deste ano, depois que ele entrou em guerra fria com Ronaldinho Gaúcho. Joel Santana assumiu o time classificado para a fase de grupos da Libertadores, mas sequer passou da primeira fase. No Carioca, não conseguiu nem chegar à final de um dos turnos. A derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, domingo, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, encerra uma campanha de 31 jogos sob o comando dele. Foram 17 vitórias, cinco empates e nove derrotas. Ele sai com a equipe em décimo na tabela, com 15 pontos.
Mudanças pesam nas contas do clube
As trocas de técnico também mexem nos cofres do clube. Ao decidir demitir Vanderlei Luxemburgo, o Flamengo optou por arcar com uma multa de R$ 4 milhões. No caso da dispensa de Joel Santana, a multa rescisória estabelecida em contrato é de R$ 2 milhões.  
Os técnicos das últimas gestões:
Primeiro mandato de Márcio Braga (2004-2006): Abel Braga, Paulo César Gusmão, Ricardo Gomes, Julio Cesar Leal, Cuca, Celso Roth, Joel Santana, Valdir Espinosa, Waldemar Lemos, Ney Franco. Total: dez técnicos.
Segundo mandato de Márcio Braga (2007-2009): Ney Franco, Joel Santana, Caio Júnior, Cuca e Andrade. Total: cinco técnicos.
Mandato de Patricia Amorim (desde 2010): Andrade, Rogério Lourenço, Silas, Vanderlei Luxemburgo e Joel Santana. Total até agora: cinco técnicos.

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