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Investigação relaciona ex-dirigentes do Flamengo a suspeitos de assassinato

A relação de ex-dirigentes do Flamengo com integrantes da Torcida Jovem do Flamengo (TJF) veio à tona com uma investigação em curso da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Acusados de cometerem o assassinato do torcedor da Força Jovem do Vasco, Diego Martins Leal em agosto do ano passado, receberam visita do ex-vice de finanças Michel Levy e também de Cacau Cotta, que era responsável pela administração da Gávea. A ESPN divulgou o teor dos depoimentos a que teve acesso.

Dois integrantes da TJF presos pela Divisão de Homicídios relataram que o clube teria oferecido ajuda financeira e jurídica para se defenderem das acusações, e que Michel Levy teria ido à carceragem acompanhado do diretor financeiro da Jovem Fla, Alexandre Medeiros, que acabou preso três meses depois.


“Afirma que Michel Levi foi o primeiro a entrar para visitar o declarante e que teria comentado que a torcida pagaria um advogado e que o clube de Regatas do Flamengo ajudaria no que pudesse. Afirma que Michel Levi teria oferecido uma quantia de R$ 300 para que o declarante pudesse passar a noite...”.

Outro integrante da Jovem Fla também preso por suspeita de participação no assassinato deu depoimento semelhante, dizendo que Levy teria ido ao encontro dos presos.


A esquerda Levy; a direita Cacau Cotta 

Procurado pela reportagem, Levy não foi encontrado para comentar o caso. Em dezembro, o dirigente por intermédio de sua assessoria, afirmara que "não tinha qualquer relação com o caso e que nunca esteve na delegacia", mas se pôs à disposição para esclarecer sua posição.  Em depoimento, ele negou que tenha ido até a Delegacia de Homicídios.

Ainda de acordo com os depoimentos dado à polícia, Cacau Cotta confirmou que visitou o preso na cadeia. Segundo ele, colocou o clube à disposição para ajudar a família do preso.




Drogas e agressão em viagem bancada pelo clube

Segundo a reportagem da ESPN, escutas telefônicas da polícia provam que uma das viagens realizadas pela TJF para Belo Horizonte no ano passado, e patrocinada pelo clube, teve espancamento e uso de drogas. O presidente da TJF, Carlos Renato Silva Santos, conhecido como Macedo — preso em novembro — revela que recebeu R$ 11 mil e informa que um interlocutor foi até a Gávea pegar o dinheiro.


Na viagem, o ônibus quebrou e torcedores espancaram o motorista. Segundo depoimento de um dos presos, pessoas também vendem drogas nas viagens.


As investigações fazem parte da operação Fair Play, iniciada em agosto do ano passado e que já prendeu onze integrantes da TJF, que responderão pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha.


Em uma das operações realizadas no ano passado, a polícia lacrou a sede da Jovem Fla, no Centro, e apreendeu computadores, documentos e um cofre. Nas residências dos presos também foram levados armamentos, drogas e dinheiro falso. Havia também muito material oficial do clube como camisas de jogo ainda com etiqueta.

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