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Entre vaias e pedido de paciência, Fla busca equilíbrio em meio a cobranças



De um lado, vaias. Do outro, pedido de paciência. O empate por 0 a 0 com o Boavista, na noite de sábado, na estreia de Jorginho no comando do Flamengo, deixou evidente que clube e torcida começaram o ano com filosofias opostas.
Enquanto a nova diretoria pauta sua gestão na arrumação da casa rubro-negra, principalmente em termos financeiros, o torcedor transpareceu, com um som nada agradável, o que rege suas ações: o resultado.
Bastaram três tropeços consecutivos - após derrotas para Botafogo e Resende - para que as cobranças vindas da arquibancada chegassem em ritmo acelerado. Com apenas um ponto, o Flamengo tem cinco jogos para mudar seu destino na Taça Rio e não acumular quatro turnos consecutivos de Carioca sem chegar à decisão - o que nunca aconteceu no formato atual, que começou em 2004.
A voz que vem da Gávea, entretanto, já surge como uma preparação para o pior e prega metas para um futuro não tão próximo. Ciente da nova política do clube, Jorginho alerta para necessidade de reforços para o Brasileirão, mas não se ilude e deixa claro que o imediatismo não faz parte do novo vocabulário rubro-negro.
Pode ser que em curto prazo não tenhamos um grande resultado, mas, se formos inteligentes e olharmos para tudo que está sendo feito, precisamos reconhecer que é preciso dar credibilidade a um trabalho de médio a longo prazo"
Jorginho, técnico do Fla, tenta
contornar insatisfação da torcida
- Estamos com um grupo relativamente muito jovem. Não é fácil jogar toda essa carga de responsabilidade sobre eles. Para o Brasileiro, vamos precisar de reforços, com certeza. Estamos em um momento de transição, com uma nova diretoria, que primeiro quer botar em dia tudo que está atrasado. Pode ser que em curto prazo não tenhamos um grande resultado, mas, se formos inteligentes e olharmos para tudo que está sendo feito, precisamos reconhecer que é preciso dar credibilidade a um trabalho de médio a longo prazo. Que as coisas sejam resolvidas para, dentro do possível, trazer reforços. Há outras coisas importantes. Ter funcionário que não recebe é um terror. O salário não atrasa mais. As coisas vão melhorar - garantiu o comandante.
O diretor de futebol Paulo Pelaipe já revelou que reforços não vão chegar para a Taça Rio, e que para o Brasileirão serão feitas contratações pontuais. Eliminado na semifinal da Taça Guanabara, o Fla tem apenas um ponto no segundo turno e ocupa a penúltima colocação no Grupo B, ao lado do Boavista. A equipe volta a jogar na quarta-feira, contra o Bangu, às 22h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
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Jorginho, Boavista x Flamengo (Foto: Guilherme Pinto/Agência O Globo)Jorginho tenta contornar insatisfação da torcida no início do trabalho

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