Jogadores deixaram o campo reclamando de falta de agressividade

Durante a semana de treinamentos no Ninho do Urubu, Jorginho cansou de enfatizar que queria o Flamengo valorizando a posse de bola e trocando muitos passes.

E a equipe seguiu à risca o conselho do novo treinador. Neste sábado, contra o Boavista, o Rubro-negro deu 433 passes ao longo de toda a partida, alcançando a segunda maior marca do clube na temporada (foram 478 contra o Olaria).
Porém, parece que o técnico esqueceu de pedir para o time traduzir a infinidade de toques em oportunidades de gol. Fator apontado por todos os jogadores e Jorginho como principal falha do Mais Querido no 0 a 0, a falta de agressividade da equipe fica evidente quando analisada estatisticamente.
Apesar de ter permanecido 62% do tempo com a bola no pé, o Flamengo só acertou a meta de Vinícius duas vezes, menor valor rubro-negro em todo o Campeonato Carioca.
Como ilustração, no duelo da semifinal da Taça Gunabara, partida em que o Mais Querido foi dominado pelo Botafogo, o time forçou Jéfferson a oito defesas.
Para voltar a acertar o gol com frequência, o Flamengo entra em campo novamente na quarta-feira, em Volta Redonda, para encarar o Bangu.