Evento em São Paulo discute o calendário do futebol; CBF os ignora
Seminário na na Trevisan Escola de Negócios reúne seis propostas de mudanças no calendário brasileiro. Presidente da Federação Pernambucana exalta o Regional do NE.
Os Estaduais, apontados como grandes vilões do início de temporada, foram postos em xeque. Para alguns, o ideal seria o seu fim. Outros sugerem que os clubes grandes entrem na disputa só nas rodadas decisivas. A maioria, porém, apoia a diminuição de datas e a reativação dos Regionais. Como hoje é feito no Nordeste.
- Hoje, temos um primeiro turno com nove clubes, rebaixando dois. Os cinco classificados se juntam aos três que estavam na Copa do Nordeste depois. Claro que perdi dinheiro diminuindo o Estadual. Só tenho três clássicos. Mas Federação não tem mesmo que ganhar dinheiro. Quero dar força ao nosso futebol – disse Evandro Carvalho, presidente da federação pernambucana, que passou pelo evento porque está em São Paulo por questões pessoais.
O formato dos campeonatos nacionais também foi discutido. Marcelo Paciello, por exemplo, sugeriu que o título da Serie A fosse decidido entre os campeões de dois turnos, com um grande evento como o SuperBowl – final da liga de futebol americano nos Estados Unidos. Já Everton Oliveira, pensando nos pequenos, sugeriu a criação de uma quinta série, com numero inchado de clubes: mais de 700, que jogariam em fases regionalizadas.
Convidada a participar da discussão, a CBF declinou ao convite.
CALENDÁRIO MUNDIAL
Tema sempre debatido, a adequação do calendário brasileiro ao europeu foi bastante discutida. Jornalistas e especialistas que trataram do assunto colocaram opiniões contra e a favor de que o Brasil inicie o seu ano esportivo em julho, no inverno.
Argumentos a favor: A conciliação das janelas de transferência e o fim da pausa para as competições entre seleções (Copa América, das Confederações e do Mundo).
Argumentos contra: Os jogos no verão tropical (em dezembro e janeiro) no Nordeste e a chance de grandes clubes europeus virem ao Brasil para excursionar e “roubar” jovens torcedores, que passariam a acompanhar ainda mais os europeus.
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